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sábado, 27 de agosto de 2011

METRÔ RUIM: DE QUEM É A CULPA?



Não sei se alguém ainda se lembra, mas andar de metrô na cidade de São Paulo já foi um grande prazer.

Pode até parecer conversa fiada, mas a alguns anos atrás, andar de metrô era um prazer por várias razões:

  • TRANSPORTE PONTUAL – você sabia que horas chegaria ao destino;
  • SEM TRÂNSITO – Por andar sobre trilhos sempre evitou os tradicionais congestionamentos;
  • CONFORTÁVEL – Mesmo que não conseguisse um lugar sentado, viajar a pé não significava levar encochadas ou apreciar o odor “cheiroso” do sovaco alheio;
  • SOBRE TRILHOS – Diferente dos trens metropolitanos que chacoalham, tremem e fazem muito barulho, o metrô era suave, fazia paradas e arrancadas leves.
  • SEGURO – É só pensar em algum agente de segurança (algumas pessoas chamavam de urubus) e lá estava um segurança do metrô. Poucos ousavam assaltar ou atentar contra a vida de alguém.
  • MODERNO – Quase nunca haviam falhas, era impecável...
  • CONFIÁVEL – Se alguém perdesse o último trem, que saía a meia-noite, sabia que as 4h já teria uma nova saída.
  • BEM FREQUENTADO – Não haviam marginais utilizando o serviço. Tipo aquele cara que liga o celular, pré-pago, parcelado em 10x nas Casas Bahia, aciona a porcaria do viva-voz e fica ouvindo aquele axé ou aquele funk nojento que você é obrigado a ouvir, ou até mesmo trocar de vagão para não permitir que seu filho escute algo do tipo “FODE MULHER MARAVILHA, FODE SUPER-MEN ou “DÁKU É BOM...”

Enfim, não haviam razões que fizessem alguém escolher andar de ônibus para não pegar o metrô. Havia até quem deixasse o carro em casa, pois era certo que o metrô era mais rápido.

O metrô só tinha um defeito: Tinha poucas linhas. Que se resumiam apenas as estações da linha vermelha, azul, e metade do que há hoje na linha verde.

Hoje, entrar no metrô é um verdadeiro desafio, onde não impera a lei do mais forte, é a lei do mais mal-criado, do mais ignorante, do mais bruto, do mais estúpido, etc. Porquê eu mesmo sou forte, mas me recuso a medir forças com senhoras de idade ou jovens frágeis.

As ocorrências hoje são comuns:

  • Brigas por causa de acotovelamento, enconchadas, toques em partes íntimas (involuntários ou não), etc.
  • Roubos e furtos;
  • Queda de objeto ou usuários na via;
  • Atrasos;
  • Superlotação;
  • Além de acidentes de toda a natureza. (incêndios, colisões, descarrilamento, etc.);

Pois é. Muitos vão concordar comigo, mas talvez a maioria não. Mas na minha opinião o principal culpado por tudo isso é o Bilhete Único!!! É isso aí... muita gente que antes não utilizava o metrô, agora usa! Resultado: Superpovoamento que causa a maioria dos problemas existentes.


Imagem ilustrativa
Fonte Imagem: http://www.sptrans.com.br/bilhete_unico/ em 25/08/2011 às 13h55.


 
Claro que o bibelô criado na gestão da Senhora Marta Suplicy, cujo apelo era conquistar o voto popular numa cidade em que tradicionalmente a briga com os tucanos (PSDB) não costuma ser fácil, não é o único culpado pela queda da qualidade do metrô. Aí existem outras questões como má gestão, anos de desinteresse público e falta de investimentos, má utilização por parte dos usuários, etc. Mas o fato principal é que podemos sim dividir a história da qualidade do metrô de São Paulo em ABU / DBU (Antes e Depois do Bilhete Único).

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